Défice dos congelados agravou 42%
O défice comercial do setor dos alimentos congelados em Portugal atingiu os 583 milhões de euros, um agravamento de 42% face a 2021, o que representa o valor mais elevado dos últimos dez anos.
Segundo a análise setorial da Informa D&B, em 2022, as exportações de alimentos congelados cresceram 10%, atingindo os 558 milhões de euros. Porém, as importações aumentaram 24% no mesmo período, o que resultou no crescimento do défice comercial de 412 para 583 milhões de euros.
Espanha ocupa um lugar de destaque entre os países de origem das importações, representando 44% do total em 2022, à frente dos Países Baixos (8%) e da França (6%). A Rússia manteve-se como o primeiro fornecedor fora da União Europeia, com um peso de cerca de 4% no valor total.
Em relação às exportações, cerca de 80% das vendas ao exterior tiveram como destino a União Europeia. Espanha é o primeiro mercado, com um peso de 43% no valor total, à frente da França, da Bélgica e da Itália. Entre os destinos extracomunitários, o Brasil foi responsável por 7% do total e Angola por 2,5%.
O setor dos alimentos congelados é composto principalmente por empresas de pequena dimensão, das quais, em 2021, um total de 33 tinham mais de 50 pessoas ao serviço e unicamente seis empregavam mais de 250.
O volume de emprego gerado pelas 40 principais empresas mantém uma evolução crescente nos últimos anos. Em 2021, ascendia a sete mil trabalhadores. Os distritos do litoral das zonas norte e centro e o de Lisboa concentram a maior parte destes 40 operadores.
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