Alegações ecológicas falsas nos produtos

Palavras e expressões como “verde”, “sustentável”, “plástico reciclado”, “neutro em carbono” e “bom para o planeta” são trunfos de marketing, mas muitas vezes as empresas usam-nas de forma abusiva, exagerada ou fraudulenta – prática a que se chama “greenwashing”. A Comissão Europeia quer acabar com isso, tendo sido apresentada a proposta de “diretiva de alegações verdes”, que obriga a que as reivindicações ambientais explícitas sejam comprovadas.
A proposta exige, por exemplo, que as alegações ambientais se baseiem em evidências científicas e técnicas, demonstrem a importância dos impactos ambientais ao longo do ciclo de vida do produto e provem que o produto tem um desempenho ambiental significativamente melhor do que a prática comum.
Além disso, não podem ser feitas referências à sustentabilidade de um produto se esse produto apenas estiver a cumprir a legislação ambiental existente. Ou seja, se houver uma lei que obrigue a uma incorporação de 50% de plástico reciclado na produção de garrafas para águas, sumos e refrigerantes, a marca em causa não pode anunciá-lo, como se fosse uma medida voluntária.

 

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